Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses
Convivendo em Harmonia com a Impermanência
MON renova a exposição asiática num diálogo com a arte contemporânea daquele continente
“Convivendo em harmonia com a impermanência”, com curadoria de Géraldine Lenain, é a nova edição da exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer, em cartaz na Sala 5.
Entre outras novidades, o público encontrará experiências imersivas em tempo real, biblioteca de vídeos interativos, vídeo instalação e um “Museu Virtual", com 16 obras de 12 artistas asiáticos. Desta forma, o MON mantém sua premissa de oferecer experiências únicas e transformadoras aos visitantes.
Artista
Curadoria
Geraldine Lenain
Período em cartaz
De 22 de novembro de 2024
Até 25 de maio de 2025
Local
Sala 5
Planeje sua visita
SAIBA MAIS SOBRE A EXPOSIÇÃO
MON renova a exposição asiática num diálogo com a arte contemporânea daquele continente
“Convivendo em harmonia com a impermanência”, com curadoria de Géraldine Lenain, é a nova edição da exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), em cartaz na Sala 5.
Luciana Casagrande Pereira, secretária de estado da Cultura do Paraná, observa que a renovação da exposição asiática reforça o compromisso do MON em oferecer ao público uma experiência cultural ampla e diversificada. “Essa mostra nos convida a refletir sobre a impermanência, a transformação, e pela primeira vez desde a chegada da coleção asiática ao acervo do MON, haverá uma integração entre o passado e a contemporaneidade, que deve instigar muito o público”, pontua.
“A chegada da coleção asiática ao MON, anos atrás, elevou o MON ao patamar dos grandes museus internacionais”, comenta a diretora-presidente da instituição, Juliana Vosnika. A exposição, que apresenta um recorte desse acervo, doado pelo diplomata Fausto Godoy, já teve algumas reformulações e rendeu itinerâncias ao interior do Estado do Paraná, alcançando milhares de pessoas.
“Agora, de uma maneira arrojada e singular, a exposição se renova, com o objetivo de chegar a um público cada vez maior, democratizando ainda mais o acesso a essa riquíssima coleção”, diz ela. Dessa vez, a intenção do MON é realizar um diálogo entre arte asiática clássica e artistas contemporâneos daquele continente.
“A arte contemporânea busca nos mostrar que sempre pode haver beleza nas imperfeições e nos processos. Todos estamos em constante mutação, e a arte é um caminho para o equilíbrio móvel que é a vida”, afirma Juliana.
Como estar em harmonia com a impermanência é a proposta desta intervenção da mostra asiática. Entre outras novidades, o público encontrará experiências imersivas em tempo real, biblioteca de vídeos interativos, videoinstalação e um “Museu Virtual", com 16 obras de 12 artistas asiáticos. Dessa forma, o MON mantém sua premissa de oferecer experiências únicas e transformadoras aos visitantes.
A beleza da impermanência
“A impermanência é um dos princípios fundamentais da filosofia budista. Isso significa que nada é imutável, tudo está em constante movimento”, diz a curadora. Portanto, precisamos nos adaptar às mudanças inevitáveis em nosso ambiente e, consequentemente, rever nossas certezas, nossos comportamentos e nossos hábitos. “Na Ásia, a impermanência é tão antiga quanto o tempo, e ainda é relevante hoje”, comenta Geraldine.
Ela explica que a obra “Minha casa no ar”, uma performance da artista coreana Jisoo Yoo, que faz parte da exposição, apresenta um espaço familiar (a casa) de maneira efêmera e instável. “Em seu trabalho, a incerteza e a fragilidade não são necessariamente negativas. Como disse Buda, não há nada constante, exceto a mudança”, diz.
Museu virtual
A intervenção contemporânea asiática também apresenta a exposição virtual “Como uma roda dentro de uma roda”, com curadoria de Martina Köppel-Yang, que reúne trabalhos que abordam a noção de mudança e impermanência.
Os trabalhos apresentados na exposição abordam esse assunto de diferentes ângulos e em diferentes mídias: escultura, fotografia, vídeo e pintura. O aspecto da agência é mais predominante nas obras de Adel Abdessemed, Chen Zhen, Shen Yuan, Tian Dexi e Zheng Guogu, enquanto An Xiaotong, Chen Shaoxiong, Jia Aili, Jin Jiangbo, Wang Du, Wang Qingsong e Yang Jiechang abordam outras facetas, como a memória, a perda e visões de harmonia e beleza.
Nessa mostra, os artistas representados são: Adel Abdessemed, An Xiaotong, Chen Zhen, Chen Shaoxiong, Jia Aili, Jin Jiangbo, Shen Yuan, Tian Dexi, Wang Du, Wang Qingsong, Yang Jiechang e Zheng Guogu.
Biblioteca interativa
A biblioteca interativa reúne os vídeos: “Jiang Nan Poem” (2005), de Qiu Anxiong, que combina os visuais tradicionais da China de galhos de árvores, pássaros e espaço, usando mudanças sutis entre elementos estáticos e dinâmicos para criar uma relação temporal e espacial.
“Post Pause” (2004), de Jiang Zhi, apresenta uma narrativa poética e onírica ambientada em uma manhã tranquila de Shenzhen, misturando a vida urbana cotidiana com a interseção de poética e de sociologia do artista.
“Joss” (2013), de Cheng Ran, com comentários crítico-sociais sobre a globalização cultural chinesa com um cinema crítico estilizado.
“Speech” (2005), de Li Songhua, apresenta um jovem chinês que lê um discurso sobre o glorioso futuro econômico da China. E, por último, o vídeo “Wing and Water – Zheng Guogu”, é estrelado pelo artista contemporâneo chinês Zheng Guogu e dirigido por Felicitas Yang.
E ainda a Coleção DSL, com “Phantom Landscape” (2009), trabalho cinematográfico animado de Yang Yongliang, que mistura crescimento urbano com vida moderna e tradições culturais estagnadas.
Coleção asiática
Disputada por outras instituições do Brasil e por colecionadores do exterior, a coleção asiática do MON é composta por 3 mil peças de arte. Quando chegou, em 2018, provocou uma discussão sobre a definição de uma nova linha curatorial pelo conselho cultural do Museu.
Foi quando se abriu espaço no acervo, com ênfase também para as artes asiática, africana e latino-americana, em consonância com os grandes museus do mundo, tornando-o distinto da tendência eurocêntrica que domina a cultura ocidental.
SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.
Serviço:
“Convivendo em harmonia com a impermanência”
A partir de 22/11
Sala 5
www.museuoscarniemeyer.org.br
Imagens
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
foto: Cadi Busatto
Materiais da Exposição
Versão em áudio - Institucional
Versão em áudio - Curatorial
A impermanência é um dos princípios fundamentais da filosofia budista. Isso significa que nada é imutável, tudo está em constante movimento. Portanto, precisamos nos adaptar às mudanças inevitáveis em nosso ambiente e, consequentemente, rever nossas certezas, nossos comportamentos e nossos hábitos. Na Ásia, a impermanência é tão antiga quanto o tempo, e ainda é relevante hoje.
O tema assume seu significado pleno no diálogo entre a coleção de arte asiática clássica de Fausto Godoy e as obras de artistas asiáticos contemporâneos. Biblioteca de vídeos Aika, Museu virtual Aika, vídeo DSL de paisagem em movimento, interação virtual Jisoo e performances Jisoo ilustram esse processo de movimento. Tudo está sempre em movimento.
Viver em harmonia com a noção de impermanência não significa condenar-se ao desespero e à depressão, mas sim, lembrar-se diariamente do milagre e da beleza desta vida que nos é oferecida. Ninguém sabe quando deixará este mundo. O convite é, portanto, para saborearmos plenamente todas as bênçãos da existência enquanto ainda podemos. Não há tempo a perder para se alegrar e celebrar a vida.
O conceito japonês wabi-sabi, um pilar da coleção de Fausto Godoy, celebra a beleza da imperfeição e da impermanência, um reflexo do ciclo da vida. É um princípio segundo o qual a harmonia está na naturalidade e na espontaneidade, e não na ausência de defeitos. Assim, a assimetria, a impermanência, os desequilíbrios, as formas incompletas e as rupturas passam a sublimar as coisas. O wabi-sabi é a plenitude que sentimos quando contemplamos uma paisagem natural, uma tigela de terracota de aparência irregular ou até mesmo quando saboreamos um vinho que melhorou com o passar dos anos.
Géraldine Lenain
Curadora
A chegada da coleção asiática ao MON, anos atrás, elevou o Museu Oscar Niemeyer (MON) ao patamar dos grandes museus internacionais. A exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, que apresenta um recorte desse acervo, doado pelo diplomata Fausto Godoy, já teve algumas reformulações e rendeu itinerâncias pelo interior do Estado do Paraná, alcançando milhares de pessoas.
Agora, de uma maneira arrojada e singular, a exposição se renova, com o objetivo de chegar a um público cada vez maior, democratizando ainda mais o acesso a essa riquíssima coleção.
Entendemos o Museu como um espaço vivo, dinâmico e de eterna troca entre visitantes, artistas e curadores. Desta vez, a intenção do MON é trazer um diálogo entre arte asiática clássica e artistas contemporâneos daquele continente.
A arte contemporânea busca nos mostrar que sempre pode haver beleza nas imperfeições e nos processos. Todos estamos em constante mutação e a arte é um caminho para o equilíbrio móvel que é a vida.
Como estar em harmonia com a impermanência é a proposta desta intervenção da mostra asiática. Entre outras novidades, o público encontrará experiências imersivas em tempo real, biblioteca de vídeos interativos, videoinstalação e um “Museu Virtual” com 16 obras de 12 artistas asiáticos. Dessa forma, o MON mantém sua premissa de oferecer experiências únicas e transformadoras aos visitantes.
Disputada por outras instituições do Brasil e por colecionadores do exterior, a coleção asiática do MON é composta por 3 mil peças de arte e, quando chegou, provocou uma discussão sobre a definição de uma nova linha curatorial pelo conselho cultural do Museu.
Foi quando se abriu espaço no acervo, com ênfase também para as artes asiática, africana e latino-americana, em consonância com os grandes museus do mundo, tornando-o distinto da tendência eurocêntrica que domina a cultura ocidental.
Um museu existe a partir do seu acervo, mas é da interação entre o público e suas obras que são disseminados cultura e conhecimento, bens que nos fazem mais humanos.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Diretora-presidente Museu Oscar Niemeyer
Sou uma artista sul-coreana, atualmente vivendo em Paris.
Esta é uma instalação interativa chamada "je(u)." Em francês, "je" significa "eu", enquanto "jeu" significa "jogo", criando assim um duplo sentido.
Neste projeto, o "eu", muitas vezes percebido como sólido tanto física quanto psicologicamente, torna-se fluido, transitório, efêmero e fantasmagórico.
Quando os visitantes entram na zona de detecção da instalação, inicialmente veem sua própria imagem diante deles. No entanto, pouco depois, essa imagem começa a se dissolver e se transforma gradualmente em partículas. Esses nossos fragmentos permanecem no espaço virtual mesmo depois de partirmos, misturando-se com outros, transformando-se, criando novas formas e paisagens, e interagindo entre si.
Os vestígios de nós mesmos persistem no espaço virtual, onde o programa coleta as cores das roupas dos visitantes. Como resultado, as cores das partículas mudam gradualmente de acordo com as cores das roupas dos participantes.
Os movimentos dos visitantes geram uma dança de partículas no mundo virtual. Os rastros deixados por outros comunicam-se com o visitante, misturando-se uns com os outros. Cada um de nós se estende no outro, e cada um deles vive parcialmente em nós.
Não há uma fronteira clara entre "você" e "eu". Assim, "je (eu)" se transforma em "jeu (jogo)", porque a definição do eu surge por meio da interação. A identidade torna-se um jogo social e cultural.
O conceito de eu torna-se uma improvisação com elementos externos a nós, dentro de um cenário limitado, semelhante à sociedade em que vivemos. Este "jeu (jogo)" de "je (eu)" é ao mesmo tempo nossa realidade e uma ilusão. Tornamo-nos um espetáculo ilusório que evolui, desaparece e se recria continuamente.
Ao mesmo tempo, tudo o que vemos nesta instalação é, em última análise, uma miragem uma imagem moldada pela interpretação do cérebro e pelos limites da percepção. Eu quis criar um projeto de caráter efêmero, em constante evolução, que fale sobre muitas coisas enquanto, simultaneamente, não diz nada, como um jogo.
Jisoo Yoo
Exposição virtual
O MON está ao lado de grandes museus do Brasil e do mundo na plataforma Google Arts & Culture. Visite nossas exposições em formato virtual.
Conheça mais sobre esta exposição na plataforma Google Arts & Culture.
Acessar exposição virtual
Características da exposição
Estímulo Físico
Restrição de movimento
Estímulo Físico
Obra interativa
Estímulo Sonoro
Local com ruído
Estímulo Sonoro
Som inesperado
Estímulo Visual
Luz oscilante
Estímulo Visual
Luz reduzida