A exposição “O Jardim – Efrain Almeida”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), será inaugurada no dia 20/6, na Sala 2. São cerca de 40 obras que incluem esculturas, instalações, pinturas e bordados, em um recorte de diferentes períodos da produção do artista. A curadoria é de Bitu Cassundé.

Desenvolvida especialmente para o MON, a exposição coloca a natureza como centro e evidencia núcleos que acionam as dimensões do sagrado, do cotidiano e da vida, recorrendo à metáfora do jardim – um território de memórias e afetividades oriundas da casa dos pais do artista, no sertão do Ceará.

"Pensar a natureza por meio da arte é um caminho magnífico para sensibilizar as pessoas sobre sua importância, e Efrain Almeida desenvolve um trabalho poético em torno deste tema como poucos”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. “É uma honra para o Paraná receber, no MON, essa exposição individual que com certeza vai nos emocionar e nos conectar não apenas com a natureza, mas também com a cultura popular do sertão brasileiro", comenta.

A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, explica que ao realizar essa inédita exposição o Museu Oscar Niemeyer traz um jardim para o interior da sala expositiva. “Aqui certamente haverá uma troca silenciosa entre artista e visitante”, diz.

Ela ressalta que, “numa feliz coincidência”, a exposição “O Jardim” acontece simultaneamente à instalação do projeto “MON sem Paredes”, em que o Museu rompe o seu limite físico. Com um parque de esculturas interativas na área externa, o MON abraça o público e o convida a entrar.

“Com seus pássaros, casas, ninhos, árvores e diversos outros animais, Efrain nos conecta a uma natureza íntima, o que pode servir como um antídoto ao esquecimento e às efemeridades contemporâneas. Esculturas, instalações, pinturas e bordados evocam cenas simples que nos fazem entrar em contato com a nossa essência”, afirma Juliana.

O curador Bitu Cassundé explica que a exposição, além de apresentar diferentes períodos da produção de Efrain, compreende também a transição que se estabelece nos projetos escultóricos do artista. “Vai da produção em madeira ao bronze, além de contemplar outras técnicas trabalhadas por ele, como pintura, bordado e desenho”, comenta.

A exposição dá prosseguimento à pesquisa que se inicia em 2020 e se desdobra no documentário “Ensaio para outros Instantes” (2021) e na exposição Encarnado (2023), apresentada no Centro Cultural do Cariri, em Crato (CE). “Ambos os trabalhos discutem o corpo, o sagrado e o território a partir de Canindé e Juazeiro do Norte, importantes centros religiosos daquele estado”, informa Cassundé.

O artista

Exposições individuais recentes de Efrain Almeida incluem “Encarnado”, Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo – Crato (2023); “O Sexto Dia”, Museu de Arte Sacra de São Paulo – São Paulo (2022); “A Memória da Mão”, MCO Arte Contemporânea – Porto, Portugal (2018) e “Trance”, James Harris Gallery – Seattle, Estados Unidos (2017). Participou também das exposições coletivas: “Nunca só essa mente, nunca só esse mundo”, Carpintaria – Rio de Janeiro (2023); “I Could Eat You”, Fortes d’Aloia & Gabriel + Madragoa + CLEARING, Casa da Cultura da Comporta – Comporta, Portugal (2022); “Crônicas cariocas”, Museu de Arte do Rio (MAR) – Rio de Janeiro (2022) e “Engraved Into the Body”, Tanya Bonakdar Gallery – Nova Iorque, Estados Unidos (2021).

Efrain Almeida tem obras em importantes coleções públicas, incluindo Caixa Geral de Depósitos (Culturgest) – Lisboa, Portugal; Centro Galego de Arte Contemporânea (CGAC) – Santiago de Compostela, Espanha; Fundação ARCO – Madrid, Espanha; Instituto Inhotim – Brumadinho; Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) – Niterói; Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) – Recife; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) – São Paulo; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) – Rio de Janeiro; Museum of Modern Art (MoMA) – Nova Iorque; Pinacoteca do Estado de São Paulo – São Paulo; Toyota Municipal Museum of Art – Toyota Aichi, Japão; e The Polyclinic – Seattle.

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SOBRE O MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço
Exposição “O Jardim – Efrain Almeida”
A partir de 20/6
19 horas
Sala 2

Publicado por

Museu Oscar Niemeyer

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