O projeto conta com a participação de Guto Requena, Gabriel Ranieri e Lucas Simões, além de escritórios de arquitetura, como Terra e Tuma, Aleph Zero, FGMF e Metro Arquitetura, que foram convidados a refletir sobre o tema.
Partindo de questões atuais, os artistas e arquitetos reviveram a experiência do pensamento de Le Corbusier, adequando-o ao momento contemporâneo brasileiro.
Através do Concurso A0, a mesma provocação conceitual se estende aos estudantes e recém-formados do Sul do Brasil. Um júri formado por profissionais e acadêmicos escolherá 3 obras que integrarão à exposição, ao lado dos convidados e dos premiados na Edição SP do Concurso A0.
A exposição tem curadoria de Pierre Colnet e Hadrien Lelong, da Cremme – Editora de Mobiliário, via Instituto Cremme, associação que tem como compromisso atuar nas esferas social, educacional e artística por meio da promoção de atividades de fomento à cultura.
Reflexão sobre a obra
Qual é a relevância de discutir hoje a obra de Le Corbusier, no contexto brasileiro contemporâneo? É essa a questão que os artistas, arquitetos e designers buscam responder, revivendo a experiência do pensamento de Le Corbusier. Isso é mostrar-se fiel à lição do arquiteto: não repetir nem imitar o passado, como se ele nos desse respostas prontas, não considerá-lo simples documento histórico, mas apoiar-se nos momentos notáveis, a fim de criar e inventar soluções para o mundo de hoje.
Diante do desenvolvimento do ambiente urbano atual, convém chegar a uma reflexão coletiva que seja, como já ocorreu na época do arquiteto da Ville Savoye, reflexo de nossa própria experiência.
“Mudar a vida pela arquitetura”: eis uma das certezas fundamentais de Le Corbusier. Para ele, bem mais que uma questão estética ou de disciplina técnica, a arquitetura era projeto de natureza profundamente ética, buscando transformar o cotidiano e preencher as vidas comuns em seus espaços arquitetônicos. Na conjunção de arquitetura com filosofia e artes aplicadas, Le Corbusier buscava contribuir para o desenvolvimento de uma cultura contemporânea para todos pela adequação dos espaços e objetos que compõem o ambiente compartilhado.
Charles Edouard Jeanneret-Gris, conhecido mundialmente por Le Corbusier, foi um arquiteto franco-suíço que se tornou uma das figuras mais importantes da arquitetura no século XX. Desenvolveu ampla atividade acadêmica e teórica, além de publicar diversos artigos sobre seus estudos arquitetônicos. Foi grande influenciador na formação da geração modernista de arquitetos brasileiros, por exemplo, prestando consultoria, em 1936, no projeto do Palácio Gustavo Capanema. Le Corbusier faleceu em 1965 e foi enterrado no túmulo que projetou para si mesmo.
Sobre a Cremme
A Cremme, editora de móveis franco-brasileira, possui a proposta de criar atmosferas. Cosmopolita, traz a simplicidade pelo olhar dos franceses Hadrien Lelong e Pierre Colnet, que coordenam uma rede de designers espalhados mundo afora, enquanto produzem, com exclusividade, todas as peças aqui no Brasil. Além da linha de mobiliário própria, a Cremme atua na criação e no desenvolvimento de peças exclusivas, feitas sob encomenda para projetos corporativos. O Instituto é a artéria pela qual a editora de mobiliário Cremme se projeta para além do ramo de design, estabelecendo-se como agente cultural, interligando artistas, arquitetos, designers, intelectuais, clientes e amigos em torno de ideias únicas.